Como aplicar o design de informação nos negócios
O que é design de informação, afinal? E como posso aplicar essa ferramenta nos negócios? Bem, à primeira vista, pode parecer algo um pouco complicado ou meio nerd. No entanto, o design de informação (ou infodesign) é um processo multidisciplinar que produz materiais visuais por meio da associação de imagens e textos sintetizados.
Resumindo, é uma ferramenta visual que trabalha a forma como um conteúdo, produto ou conceito é apresentado, ou seja, como uma mensagem é transmitida ao seu público.
Um projeto de infodesign se destaca em meio a tantas mensagens, produtos e conteúdos ofertados hoje nos meios de comunicação e no dia-a-dia das pessoas.
Essa ferramenta ajuda o público a entender a mensagem, porque organiza e simplifica informações de maneira que o conteúdo possa ser assimilado rapidamente.
Nesse contexto, o design de informação é, sobretudo, um recurso estratégico e valioso para qualquer tipo de negócio, porque trabalha especialmente com assertividade e clareza na comunicação.
Como aplicar design de informação nos negócios?
O design da informação pode ser aplicado em ambientes digitais e analógicos. Entretanto, o processo precisa ser contextualizado, contemplando, ainda, o planejamento do conteúdo.
Dentro desse processo, é necessário organizar as informações visuais, integrando, obviamente, princípios da representação gráfica com o conteúdo que precisa alcançar o seu público.
Essa estratégia é potente, principalmente, para transmitir uma mensagem com clareza ou para guiar tomadas de decisão.
O design de informação, portanto, encontra diversas possibilidades de aplicabilidades, tais como:
- Apresentar uma empresa;
- Levar uma mensagem, ideia ou conceito a um determinado público;
- Desenhar um processo;
- Vender ou divulgar um produto;
- Facilitar materiais em treinamentos ou eventos;
- Adesivação de ambientes;
- Cartazes;
- Livretos;
- Explicar conteúdos complexos ou de difícil entendimento.
Por que é importante aplicar o design de informação nos negócios?
Olhe em sua volta! O que mais temos em excesso atualmente é informação. O problema nesse excesso é o desafio de atrair e reter a atenção do público-alvo.
Independentemente de ser off-line ou on-line, estamos, a todo instante, recebendo e transmitindo informações com os nossos sentidos (visão, audição, paladar, olfato e tato). Ao mesmo tempo em que transmito uma mensagem que espero que seja vista por uma pessoa que faça parte do meu público-alvo, essa pessoa também está sendo impactada por algo que ela pode estar ouvindo ou sentindo.
Isso quer dizer que a minha intenção de comunicação deve ser planejada, pois é fundamental para o meu objetivo atrair o interesse do público.
Ao criar um manual para um treinamento, por exemplo, é preciso analisar o conteúdo e o objetivo principal das informações, para que possamos desenvolver propostas de soluções, seja em formato gráfico ou digital.
Nesse planejamento, a estratégia é essencial no momento de integrar textos sintetizados e imagens, para que o propósito de captar e reter a atenção do público seja alcançado.
Atenção, hoje, é tão importante que se tornou uma moeda valiosa. Sugiro, inclusive, que leia o meu artigo “Anotações visuais são ferramentas eficientes na era da Economia da Atenção”, onde falo justamente sobre a teoria que aponta a substituição de uma economia baseada em materiais para uma economia baseada em atenção.
O físico teórico Micheal Goldhaber, que alertou o mundo sobre esse fenômeno, pontuou algo bem interessante e que faz muito sentido em nosso atual contexto: “a informação não é escassa, a atenção sim”.
Nessa perspectiva, devemos analisar essa questão com cuidado. Em um cenário onde a atenção é recurso valioso, precisamos nos adaptar e buscar estratégias para manter a concentração do nosso público no que realmente importa para a assimilação do conteúdo, criando, assim, um fluxo assertivo nesse processo de comunicação.
Aqui, o design de informação entra com seus recursos visuais. Afinal, não adianta ter dados e outras informações se não soubermos como entregar esse conteúdo de maneira que o público compreenda com facilidade.
Para que essas informações tenham valor, é necessário apresentá-las com clareza, objetividade, envolvimento e, SIM, emoção. Com o planejamento multidisciplinar, podemos despertar emoções no público, seja de interesse, curiosidade, preocupação, alegria, tristeza, revolta etc. É no planejamento que podemos traçar esses objetivos.
O design de informação gera impacto?
Já entendemos que é preciso ter planejamento sobre os objetivos que buscamos alcançar com o projeto. Além disso, devemos ter em mente que um infodesign bem-feito pode sim gerar impacto.
Para mim, o design de informação, por ser um projeto visual, tem o poder de provocar um grande impacto no público porque consegue:
- Aumentar em até 6X o entendimento e assimilação do conteúdo;
- Organizar e simplificar a mensagem a ser transmitida;
- Proporcionar associação de conhecimentos;
- Conectar ideias e conceitos;
- Hierarquizar informações;
- Facilitar o entendimento;
- Aumentar o engajamento com o conteúdo apresentado;
- Comunicar melhor.
O que precisamos considerar, hoje, é que a sobrecarga de informações é um desafio que devemos encarar. Somos impactados por um fluxo constante de atualizações das mídias sociais, e-mails e portais de notícias, sem falar nas mensagens que captamos no off-line. Nesse caso, o design de informação é um forte aliado para trazer ao seu negócio o merecido destaque.
É atribuição do design de informação garantir que cada pessoa possa filtrar sem esforço e assimilar rapidamente sequências de textos, ícones, figuras e gráficos, captando e retendo, assim, a atenção do seu público.
E aí? Despertou o interesse de aplicar o design de informação em seu negócio? Se tem alguma dúvida sobre a aplicabilidade do infodesign no seu negócio, pode me chamar!
Até breve!
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