Criatividade não se terceiriza: Anotações Visuais podem ser seu superpoder na era de IA

Nos últimos meses, temos testemunhado uma verdadeira avalanche de lançamentos envolvendo inteligência artificial. Ferramentas que escrevem textos, criam imagens, compõem músicas, editam vídeos e até desenham em tempo real. 

A cada semana, uma nova IA é lançada, prometendo automatizar mais um pedaço da nossa rotina criativa. Diante da agilidade e eficiência que as inteligências artificiais proporcionam, precisamos também refletir sobre o que é nosso: criatividade. 

Em junho de 2025, o Alok – sim, o DJ – reuniu uma multidão em torno do seu movimento Keep Art Human, que defende a preservação da criatividade humana diante do avanço da inteligência artificial. Uma iniciativa bem interessante porque levanta questões pertinentes ao nosso momento, pois “acende a consciência sobre o valor insubstituível da alma humana na criação”.

Dentro desse turbilhão tecnológico, uma pergunta começa a surgir com força: se as máquinas estão criando cada vez mais, o que sobra para nós, humanos?

Aqui na empresa, essa pergunta ressoa constantemente. Afinal, trabalhamos com algo que parece estar na contramão do que é tendência: criatividade. Ela é o fio que nos conduz no trabalho que realizamos com as anotações visuais, a facilitação gráfica, o design de informações, dentre outras soluções criativas.

Em um mundo dominado por algoritmos que desenham sozinhos, estamos apostando na força da criatividade humana — aquela que não pode ser terceirizada.

E, se você continuar com a gente nesta leitura, vai entender por quê.

Escolhemos priorizar a nossa criatividade em plena era digital — e ensinar outras pessoas a fazerem o mesmo. E não é por romantismo. É por convicção e compreensão que esse é o caminho para preservarmos a nossa essência. 

Neste cenário, acreditamos que as anotações visuais são um superpoder real para quem quer pensar melhor, criar com mais liberdade e manter viva a própria singularidade em um mercado cada vez mais automatizado.

A ilusão da substituição total

Vamos começar com um dado: o Fórum Econômico Mundial previu prováveis conjuntos de habilidades — e como a demanda por eles poderia crescer — em seu relatório “O Futuro dos Empregos 2023”. O pensamento criativo se apresentou em segundo lugar, à frente de três habilidades de autoeficácia — resiliência, flexibilidade e agilidade. 

As empresas pesquisadas para o relatório acreditam, inclusive, que a demanda por pensamento criativo crescerá mais rápido nos próximos cinco anos – em 73% – do que a demanda por pensamento analítico.

Ao mesmo tempo, a OpenAI, criadora do ChatGPT, lançou modelos que desenham vídeos com apenas uma frase de comando. O Google lançou o Gemini. O Adobe Firefly agora transforma rabiscos em obras finalizadas com alguns cliques. Tudo isso é incrível. Mas também levanta um ponto de atenção: será que estamos delegando demais às máquinas?

O perigo não está em usar inteligência artificial. Afinal, usamos a tecnologia todos os dias em diferentes contextos. O problema é quando começamos a depender dela para pensar por nós.

Veja, a IA pode gerar mil ideias em segundos, mas nenhuma delas veio de um insight vivido no banho. Nenhuma delas nasceu do cheiro de um caderno novo, do improviso de uma reunião, da epifania anotada num guardanapo. Isso ainda é nosso. E se não cultivarmos esse músculo, ele atrofia.

Criatividade é uma habilidade, não um dom — e precisa ser exercitada

Você já ouviu alguém dizer: “ah, eu não sou criativo”? Pois é. A maioria de nós cresceu ouvindo que criatividade era um talento especial, reservado aos artistas, publicitários ou gênios excêntricos.

Mas a ciência discorda. Diversos estudos mostram que criatividade não é um dom, e sim um conjunto de processos cognitivos que podem (e devem) ser desenvolvidos ao longo da vida.

O problema é que, com a chegada das IAs, muita gente deixou de treinar esses processos. É mais fácil pedir para o ChatGPT pensar por nós, ou para o Midjourney imaginar por nós. Mas isso tem um custo: nossa criatividade começa a atrofiar.

E é aqui que entram as anotações visuais.

O que são anotações visuais — e por que elas despertam a criatividade adormecida

Muita gente confunde anotações visuais com “desenhos bonitinhos” ou com algo que exige talento artístico. Mas não é sobre isso.

Anotar visualmente é pensar com imagens. É usar setas, balões, conexões, metáforas gráficas e rabiscos simples para representar ideias. É transformar conteúdo em significado. É criar uma ponte entre o que se ouve e o que se entende — entre o que se pensa e o que se sente.

Aqui na empresa, dizemos que é como dar forma visível ao raciocínio.

E o efeito disso é incrível: quando você começa a desenhar suas ideias — ainda que com palitinhos — você:

  • memoriza melhor;
  • faz mais conexões inesperadas;
  • enxerga padrões que passariam batido;
  • sai do piloto automático e entra em estado de presença.

Na era da IA, quem ainda pensa com as próprias mãos tem vantagem

Hoje, você pode pedir para uma IA resumir um livro, fazer uma ata de reunião, montar um pitch ou até desenhar um infográfico.

Mas o que ela não pode fazer é viver por você. Não pode ter suas percepções, suas interpretações únicas, seu repertório emocional.

Anotar visualmente é como treinar o cérebro para continuar humano. É você dizendo: “eu ainda estou aqui, com minhas conexões, meus insights, minhas interpretações.”

E isso vale ouro, porque num mundo onde a maioria está copiando o que uma máquina disse, quem desenvolve a própria forma de pensar vira diferencial imediato.

Um superpoder que se constrói com lápis, papel e ousadia

Tem uma história que a gente adora contar nas turmas.

Uma aluna chegou dizendo: “eu não sei desenhar nem bonequinho de palito.” Ela era gestora e estava se sentindo sufocada pelas infinitas reuniões online. Disse que já não conseguia mais assimilar as informações, nem se conectar com o que estava sendo dito.

No terceiro encontro do curso, ela começou a desenhar pequenas metáforas para representar as falas dos colegas: uma montanha quando alguém falava de desafio, um foguete quando surgia uma meta ambiciosa, uma semente quando o tema era inovação.

No final daquela semana, os colegas pediram para ela apresentar suas anotações visuais na próxima reunião da liderança.

Ela ganhou reconhecimento — não por fazer desenhos lindos, mas por ter conseguido dar forma ao invisível.

Esse é o verdadeiro poder das anotações visuais.

Anotações visuais: para quem são?

Você pode pensar: “Ok, mas eu trabalho com exatas. Ou sou muito lógico. Isso não é para mim.”

Mas a verdade é: as anotações visuais não são sobre arte. São sobre clareza.

Elas servem para:

  • profissionais que precisam se expressar melhor;
  • líderes que querem inspirar suas equipes com mais impacto;
  • estudantes que querem aprender com mais profundidade;
  • facilitadores, educadores e consultores que querem ensinar com mais engajamento;
  • qualquer pessoa que esteja cansada de pensar no automático.

Se você acha que não sabe desenhar, melhor ainda. O nosso método começa exatamente por aí: desconstruindo a ideia de que só é válido o que é bonito.

IA + pensamento visual = criatividade exponencial

A inteligência artificial é uma parceira fantástica — desde que usada com consciência.

Diversas empresas usam IA para acelerar alguns processos, buscar referências, automatizar tarefas. Mas nossas melhores ideias continuam nascendo do papel, da escuta atenta, do rabisco inesperado, da pausa com lápis na mão.

É isso que ensinamos nos nossos cursos: como usar a inteligência visual para pensar com mais autonomia — e aí, sim, dialogar com a IA como quem tem clareza do que quer.

Afinal, não adianta ter uma ferramenta poderosa se você não tem uma ideia poderosa para entregar a ela.

O futuro será visual — e profundamente humano

Cada vez mais empresas estão entendendo que pensar visualmente é uma competência estratégica. Mas isso não é só para grandes corporações. É para você. Para seu caderno. Sua rotina. Sua capacidade de se organizar, expressar, comunicar e criar.

As máquinas estão cada vez mais rápidas. Mas a criatividade continua sendo nossa.

Um convite sincero: venha redescobrir sua criatividade com a gente

Se você leu até aqui, significa que sua curiosidade continua viva. E isso é um excelente sinal.

O nosso convite é simples: venha experimentar esse superpoder chamado anotações visuais. Ele não exige talento. Só presença. E disposição para pensar de forma diferente.

Nós vamos te guiar nesse caminho com leveza, técnica, embasamento e muita prática. Em um mundo onde todos estão delegando o pensamento às máquinas… quem ainda pensa com as próprias mãos se torna inesquecível.

👉 Clique aqui para conhecer nossa plataforma Anotações Visuais na Prática e dar o primeiro passo

 

Siga nas Redes Sociais:

Categorias

Scool!

Faça parte das próximas turmas: